segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DEUS CUIDA DE MIM!

        
         Você tem sonhos que ainda não se concretizaram?
         NÃO DESISTA!
         Você tem promessas que ainda não se cumpriram?
         NÃO DESISTA!  
         Por causa do tempo já passado, você imagina que suas orações não estão chegando ao trono de Deus?
         NÃO DESISTA! PERSEVERE!
 LEIA DANIEL  CAP . 10
         O nome Daniel , significa “Deus é meu Juiz”. Ele foi um dos jovens que formavam o primeiro grupo de cativos levados ao exílio,  de Jerusalém para a Babilônia em 605 A C.
         Alguns, estudiosos defendem que Daniel tinha parentesco real , provavelmente com o rei Zedequias, isto explica seu  fácil acesso ao palácio na Babilônia.
         Babilônia era a cidade mais magnífica do mundo naquela época, fora edificada ao redor da Torre de babel       (Gn 11.9)  e seu apogeu aconteceu  nos dias do profeta Daniel sob o  governo de Nabucodonosor, o qual governou 45 anos  e durante tal período edificou templos e  jardins para embelezar a cidade.
         Daniel serviu ao rei Nabucodonosor , que governou o império Babilônico até 562 A C, mas em 539 A C, Ciro , o persa, conquistou a Babilônia e mesmo assim Daniel manteve bons contactos e conquistou um cargo sob o governo persa.
Setenta anos passados desde que Daniel foi forçado a deixar Jerusalém,  já com idade avançada, ainda cumpria seus deveres junto ao governo  Persa. Ciro, através de um decreto permitiu que  alguns israelitas retornassem para reconstruir os muros de Jerusalém, mas Daniel ficou , talvez pela idade avançada, ou porque este foi o direcionamento dado a el pelo Senhor ,  com o propósito de  continuar ajudando seu povo com sua influência junto a corte persa.
Daniel 10:1 – “No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão”.
Daniel 10:2-3 – “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras”.
Vemos que Daniel era um verdadeiro servo de Deus . Diante dos problemas e dificuldades, ele ajoelhava e orava. Ele entendia o verdadeiro poder da oração. Entendia que a oração era um canal direto de comunicação com o trono de Deus e que somente orando  ele encontraria a solução para os problemas e consolo para as dificuldades da sua vida.
Daniel sabia que Deus era o Rei Soberano do Universo e que ele controlava os destinos tanto dos impérios pagãos como do povo que se encontrava no exílio. Por isso Deus lhe expunha todos os  planos de restauração do povo de Israel. Deus falava com Daniel e Daniel ouvia a voz de Deus.
Por exemplo, quando foi ameaçado de ser levado a cova dos leões, a Bíblia diz que Daniel orava 3 vezes por dia e Deus em reposta fechou a boca dos leões e preservou sua vida.
         Daniel é um exemplo de fé, porque em todos os momentos de sua vida , ele buscou a Deus.
         Daniel 10:12-13- “ Então me disse: não temas , Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicasse o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras: e por causa das tuas palavras, é que vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias: porém Miguel, um dos príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive a vitória sobre os reis da Pérsia”
Mesmo com sua fé inabalável, Daniel não tinha nenhuma evidência de que sua oração estava sendo ouvida por Deus. Mas, vemos, no texto acima mencionado, o Anjo  explicou a Daniel,  que desde o primeiro dia , sua oração havia sido ouvida por Deus, mas que ele havia sido impedido de retornar com a resposta. Por isso , Deus , que não se esquece de nenhum dos seus ungidos, ordenou que o Arcanjo Miguel, guerreasse em favor de Daniel e trouxesse sua reposta.
Vemos que toda oração sincera, oriunda de um coração quebrantado, é ouvida no Céu. Mesmo quando a resposta parece demorar mais do que compreendemos. Afinal Daniel orou 3 semanas antes de obter sua resposta, mesmo com o anjo afirmando que suas palavras foram ouvidas desde o primeiro momento em que foram pronunciadas.
O livro de Daniel, mostra o conflito entre as forças do bem e as forças do mal no mundo invisível. Nossos inimigos não são as pessoas de carne e osso, mas as potestades e principados demoníacos que ocupam o mundo espiritual. Nesta passagem , Satanás tentou impedir que as orações de Daniel fossem respondidas , mas Deus deixa claro que desde o primeiro momento as orações foram ouvidas e através delas foi concedida ajuda celestial, no caso o Arcanjo Miguel, afim de que a resposta chegasse a  Daniel.
 Deus queria o regresso de Seu povo a Jerusalém e para isso usou Ciro, movendo  seu coração para que , através de um decreto, permitisse a reconstrução do Templo.
 Afinal como diz Daniel 2:21 – “ é Deus quem remove os reis e estabelece os reis”.
Deus está no controle de tudo e de todos, nada acontece sem sua permissão e é Ele quem escolhe como cumprir Seus propósitos. Ele é soberano!  Deus é fiel!
Os inimigos de Deus sofrem derrotas, quando Deus determina que chegou a hora! Nada pode ir contra a vontade do Senhor!
Por isso, espere no Senhor, ore, jejue e não desista! No momento certo Deus vai mover céus e terra para lhe abençoar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

AMOR, PAIXÃO E CASAMENTO

          
           O homem e a mulher foram criados  como “imagem de Deus”, para representar o Senhor  sobre a terra  e dominar as coisas em nome Dele, como estabelece o livro de Gênesis no capítulo 1, versículos 26-28: “ Também disse Deus : Façamos o homem à nossa Imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar , sobre as aves do céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois , o homem à sua imagem , a imagem de Deus o criou;homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse : Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a ; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”

A vontade do Senhor era abençoar e relacionar com sua criação. Mas, o homem e a mulher ao desobedecerem a Deus  e “morreram”, acarretando, então, sofrimento, tristeza e morte física. Eles se separaram de Deus e também um do outro. Agora os homens  encontram-se predispostos a pecar.


Para Deus o  amor é para durar a vida inteira, afinal ele cresce através do conhecimento mútuo. Se as diferenças individuais forem respeitadas  é mais fácil fluir o amor e a amizade. Não se deve apenas procurar a pessoa certa, mas acima de tudo ser a pessoa certa. Deus criou o homem e a mulher para serem companheiros, assim o diálogo deve ser valorizado. Deus é capaz de reaquecer o amor , Ele sendo o verdadeiro amor, pode restaurar o romantismo , além de conformar e preencher com Sua graça. Deus nos amou primeiro, Seu amor é incondicional, o do ser humano normalmente é cheio de condições, devemos aprender com o Pai.

Escolher amar é também uma decisão racional, é uma escolha. O amor deixa de ser paixão, quando a pessoa deixa de só querer ser ajudada e decide ajudar o outro. As tribulações devem servir para aprofundar o relacionamento. O verdadeiro amor deve ignorar as rugas , os cabelos grisalhos e ver no companheiro aquele que esteve um dia a seu lado no altar.

          Deus proveu o casamento não só  na tentativa de se evitar as relações sexuais ilícitas, como nos mostra a Palavra do Senhor, no capítulo 18 de Levítico , onde  o homem não poderia casar com sua mãe, madrasta, irmã ou meia-irmã, esposa do tio, nora, neta, cunhada, tia de sangue, enteada (regras para que o povo não se casasse de modo incestuoso).   Deus está visando a felicidade do ser humano, pois dentro do matrimônio cada cônjuge seria um do outro e  o principal objetivo  seria o companheirismo entre eles.

O casamento  visa trazer dois seres humanos à unificação mais estreita possível, ou seja, os dois se tornarão uma só carne , é o ideal divino . No Velho Testamento a primeira escolha de cônjuges foi entre Isaque e Rebeca: “ Saíra  Isaque a meditar no campo , ao cair da tarde ;erguendo os olhos , viu, e eis que    vinham camelos. Também Rebeca levantou os olhos e, vendo a Isaque apeou do camelo, e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro?     É meu      senhor, respondeu. Então tomou ela o véu e se cobriu. O servo contou a Isaque todas as cousas que havia feito. Isaque conduziu-a até a tenda de Sara, mãe dele, e tomou Rebeca, e esta lhe foi por mulher” ( Gênesis  24:63-64).
George E. Sweazey escreveu:   O casamento não é resultado do amor, é a oportunidade de amar. As pessoas se casam para descobrir o que é o amor. Não é o destino que torna a pessoa o nosso amor verdadeiro e único, mas a vida. São as dificuldades enfrentadas juntos, o inclinar-se diante de uma cama de doente e lutar para chegar ao fim do mês dentro do orçamento; é um milhão de beijos de boa-noite e sorrisos de bom-dia; são os dias de férias na praia e as conversas no escuro; é o respeito crescente  e  mútuo que nasce da afeição e do amo”(grifo nosso).

            Se Deus não edificar o casamento os esforços humanos serão inúteis. Mas, mesmo segundo a vontade Deus e dentro dos limites estabelecidos por Ele, as esposas são imperfeitas e os esposos são imperfeitos. O único homem perfeito na terra, Jesus Cristo , não tinha o casamento como Sua missão. Por isso “o casamento perfeito” não passa de um mito. O casal deve elaborar estratégias para  atender as necessidades um do outro.

 O apóstolo Paulo recomendou: “ Não tenha cada um em vista  o que é propriamente seu, senão também o que é dos outros” (Fl 2:3). Isto significa que  a pessoa deve atentar para as necessidades de seu cônjuge  e procurar satisfazê-las , não se ocupando apenas com suas próprias necessidades.  Um bom casamento é uma aliança entre Deus , a esposa e o marido. A ausência do Senhor é a explicação para vários casamentos destruídos. Muitos casais através da indiferença, desinteresse, incredulidade , negam  Cristo em sua vida conjugal , não permitindo o atuar do Deus Altíssimo em suas vidas. Estão preocupados com as coisas deste mundo , esquecem da possibilidade contínua de mudança e que a vida é sempre imprevisível. No casamento feliz há vontade de mudar  e de expandir a percepção de nossas necessidades e sentimentos.  Os cônjuges aprendem também a ajustar-se e a ceder, abrindo mão de alguns direitos. “Quase todo o mundo conhece a tríplice axioma básico; não se pode mudar a nenhuma outra pessoa por ação direta ; só podemos mudar a nós mesmos. Mas,  ao mudarmos , os outros tendem a mudar em relação a nós. Se você deseja um matrimônio melhor , é mister abandonar , de uma vez por todas, , qualquer esperança de mudar seu cônjuge  por ação direta”.

O casamento ensina lealdade , sentido de família, autocontrole e tolerância. Para a mulher é uma demonstração pública de que ela é “especial” para o homem que desposou.

                                   CONCLUSÃO

A paixão é um sentimento  intenso, mas pode ser efêmero, já o amor de Deus é eterno e dura para sempre.  Devemos amar a pessoa que o Senhor nos concedeu como Cristo ama sua Igreja , pois apesar do que somos, este amor é incondicional e afasta todo o  medo.Mas, o casal deve ter os “pés no chão” e não ficar com expectativas irreais e deve procurar agir sempre  com honestidade, educação e sensibilidade, sem ferir o sentimentos do outro. Deve-se ter um tempo para rir, conversar e passear, uma verdadeira amizade no casamento.
Mas acima de tudo, deve-se amar o companheiro mais do que ontem e menos do que amanhã.


O LIVRO DE NÚMEROS



Em Êxodo vimos Israel redimido; em Levítico vimos Israel em adoração; e agora em Números vemos Israel servindo”.
( Myer Pearlman)
       
            O Livro de Números  (do grego Arithmoi e do hebraico  Bedmidhbar ) é o quarto livro da Bíblia e reflete dois recenseamentos ocorrido entre os Hebreus. Ele também dá continuidade  à história do êxodo israelita do Egito, da aliança feita no monte Sinai , da jornada rumo a Canaã , destaca a provação no deserto e a rebelião do povo. Aqui Deus  está organizando Israel em exército durante a caminhada para estabelecer o Reino de Deus na Terra Prometida.
Traz uma mensagem dupla: inicialmente mostra a paciência e fidelidade de Deus diante de rebeliões e murmurações do povo escolhido e posteriormente, mostra o  Deus da Aliança revelando   Seu caráter , Sua natureza , Sua Graça  e Se renovando em favor do povo.
Este Livro cataloga as experiências iniciais dos hebreus fora do Egito, mas sempre prevê a ocupação da terra da promessa. Destaca a Santidade e a Fidelidade de Deus ,  a pecaminosidade do homem e sua desobediência aos mandamentos divinos.

                                   NOME

O nome  do quarto livro do Pentateuco vem do latim Líber Numerorum (“Livro dos Números”) e significa “Números”. A razão de ser deste título é a presença neste livro  de dois recenseamentos do povo de Israel, da divisão de despojos de guerra após a vitória contra os midianitas e de certos  sacrifícios e  ofertas que envolvem quantidade. Segundo a tradição hebraica que intitula os livros com alguma das suas palavras iniciais é Bemidbar (no deserto).
                       
                                    CONTEXTO

 O Livro de Números abrange  um período de 38 anos e 9 meses, sendo está fase da história hebraica conhecida como peregrinação do deserto. Sua narrativa contém diversas referências a regiões e cidades em torno da Palestina.
Os acontecimentos  ligados à jornada no deserto da primeira geração de hebreus após a saída do Egito são narrados em 3 estágios: 1) o período de 23 dias no monte desde a conclusão do tabérnaculo até o surgimento da nuvem que os guiaria (Nm 1:1- 10:11), 2) a condenação a 38 anos de peregrinação no deserto do Sinai a Cades da primeira geração de hebreus, em razão da incredulidade e rebelião (Nm 10:11 – 20:13), 3) os 6 meses ao fim dos 38 anos em que a segunda geração viajou de Cades às planícies de Moabe (Nm 20:14 – 36:13).
Deus levantou uma nova geração de hebreus instruídos nas leis divinas e preparados para a conquista de Canaã.
                     
                                   CARÁTER DO LIVRO

            É uma miscelânea de 3 espécies: acontecimentos históricos da peregrinação de Israel no deserto;  leis para Israel, de caráter permanente e regras transitórias válidas para os hebreus até chegarem à Canaã. Neste livro vemos Israel aprendendo os ensinos de Deus proferidos em Êxodo e Levítico.

                     ATRIBUTOS DE DEUS
- Javé se revela a Israel de várias maneiras neste Livro, por exemplo, quando a lei mosaica estabelece “cidades refúgios” para os culpados de homicídios involuntário ou acidental, a fim de limitar o antigo costume da vingança;

- a  fidelidade total de Javé à aliança com Israel , apesar de sua desobediência e rebelião  , com provisão de maná e de codornas para alimentação do povo;

-  mesmo possuindo caráter humilde e fiel ,  até mesmo Moisés falha com Deus em Meribá, o que ressalta de maneira tremenda a fidelidade imutável de Javé ;

- as boas intenções de Deus de levar o povo à terra prometida  com a derrota dos inimigos  no caminho e a escolha de Josué como sucessor de Moisés;

-Javé derruba as maldições do vidente pagão Balaão fazendo com que ele pronunciasse bênçãos a favor do povo escolhido;

- Deus ensina os israelitas a dependerem totalmente Dele, através da  obediência aos mandamentos .

- Deus disciplina seu povo utilizando as experiências no deserto.

-  O Senhor demonstra  que nada podia frustrar  Seus propósitos nem anular Sua aliança com os patriarcas.

 - Javé supre as necessidades do povo e os protege dos inimigos.
- O Senhor respeita  e admira a cultura humana ao agir por intermédio dela , ao escolher adaptar aspectos de sua revelação a convenções culturais  do antigo Oriente Médio, através de práticas comuns às civilizações da época, como: a ordem de recenseamento, que era um procedimento administrativo comum ( Nm 1:2) e da legislação que protegia o voto dos nazireus ( Nm 6:1-21).

- Deus revoluciona o costume legal do Antigo Oriente Médio ao tratar com os Hebreus como povo especial (Nm 27:1-11), como quando eleva a posição das mulheres na sociedade hebraica , ao contrário dos povos vizinhos (Nm 33:50).

- Deus  elevou a vida social e moral hebraica a um nível superior ao das nações vizinhas, dando ênfase a importância da família e dos parentes, das tradições relativas a hospitalidade , a idéia de justiça social e o valor ético do trabalho;

- a experiência do povo no deserto mostra  Javé como provedor paciente, zeloso, justo , fiel, interventor soberano e providencial que responde às orações com amor.
                               CONCLUSÃO

           Números é um dos livros mais tristes e humanos da Bíblia, pois nos mostra como os hebreus fracassaram em cumprir os ideais propostos por Deus. Chegaram próximos à Terra Prometida, mas  tinham  personalidade de escravos covardes e incapazes, por isso não adentraram na terra. Perderam a pequena fé e pensaram em voltar ao Egito, aí começou a peregrinação que durou 38 anos. É uma história de falta de fé, murmurações, queixas, rebeliões. Por isso, somente Josué e Calebe entraram em Canaã.
 Parte do objetivo do Livro de Números  era organizar os ex-escravos hebreus, transformando-os em uma comunidade unificada por Deus para cumprir as obrigações da aliança. Tinha por intenção converter o povo oprimido, por meio da legislação civil, instruções religiosas , recenseamentos administrativos, mandamentos sacerdotais e leis relacionadas à distribuição e herança do território.
 Hoje, tem como principal objetivo  advertir às futuras gerações  a ter cuidado ao guardar as obras do Senhor.


JARDIM DO ÉDEN



           O homem e a mulher foram criados  como “imagem de Deus”, para representar o Senhor  sobre a terra  e dominar as coisas em nome Dele, conforme encontra-se  estabelecido em Gênesis , capítulo 1, versículos 26-28, como se vê: “ Também disse Deus : Façamos o homem à nossa Imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar , sobre as aves do céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois , o homem à sua imagem , a imagem de Deus o criou;homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse : Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a ; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”
O texto do capítulo 2, versículo 8, também do Livro de Gênesis, assevera que Deus plantou um jardim dentro de uma área inclusa no  Éden, a fim de que Adão e Eva pudessem viver: “ E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente , e pôs nele o homem que havia formado”. O ambiente ali era agradável, protegido e bem regado. Porém, Adão e Eva foram expulsos deste lugar, após a queda, ou melhor após a desobediência (conhecimento pessoal do mal), o que trouxe o pecado e a morte para este mundo.
                                    ÉDEN

O termo Éden é de origem suméria e significa “planície” , “estepe”. Tal termo foi associado com “adan”, que significa “desfrutar ,”deleitar”. A Septuaginta , freqüentemente, traduz a palavra por “parque de deleites”, assim o entendimento de jardim no Éden seria : jardim do prazer. Devido a sua localização dentro do Éden , o jardim veio a ser chamado “JARDIM DO ÉDEN” (gan-´eden), mas também era referido como o “jardim do Senhor” (gan-YHWH)  e como “jardim de Deus” ( gan-´elohim). O uso da nossa palavra portuguesa “paraíso” veio significar o jardim do Éden. Tal jardim era muito especial , entre suas espécies vegetais, existia uma árvore da vida e uma do conhecimento.
No Livro de Gênesis , Éden simboliza fertilidade, perfeição, inocência, harmonia, trabalho e prazer , tudo devidamente combinado.
A palavra Éden aparece várias vezes no Antigo Testamento, como destacamos:

- Gênesis 2: 8-10 - “ E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente , e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia , repartindo-se em quatro braços.”

- Gênesis 2 :15 -” Tomou , pois , o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para cultivar e o guardar”.

                                 DO JARDIM

        Dentro do jardim havia uma área arável que poderia ser trabalhada por Adão (campo). Vê-se, mais uma vez o cuidado de Deus para com o homem, pois  a fim de que não se entediasse Deus deu trabalho a Adão. Mas, aqui o trabalho é uma bênção , não sendo fadigante ou infrutuoso. Portanto, o  homem não foi deixado no ócio. Recebeu a tarefa de cultivar e tomar conta do jardim que  Deus havia preparado. Seu trabalho era feito para Deus , um verdadeiro trabalho divino.
       O jardim do Éden possuía um ecossistema perfeito de suporte à vida de seus  seres viventes .Ali plantas , ervas e árvores de todo a espécie deveriam crescer, além de duas árvores especiais , localizadas no meio do jardim:
- ÁRVORE DA VIDA E ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL

        Conforme salienta o capítulo 2, versículo 9 de Gênesis, Deus  fez brotar no jardim a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal.  E no mesmo capítulo , versículo 16  o Senhor deu  ordem a Adão e Eva de não consumirem os frutos de tais árvores, sob pena de morte. Eram duas árvores incomuns que Deus plantou no jardim do Éden.
         A árvore da vida indica deste modo que a imortalidade depende de algo externo a nossa vontade , sendo símbolo de um estado anterior em que se encontrava o homem.
               Já a árvore do bem e do mal era “agradável ao paladar”,“atraente aos olhos” e “desejável para dar entendimento”, como descreve o versículo 6 do capítulo 3 de Gênesis. Foi uma árvore selecionada por Deus para prover um teste ético para o homem, o qual “adquiriria um conhecimento experimental do bem e do mal , conforme se mostrasse constante na obediência ou caísse na desobediência.” ¹
               Conhecer o bem e o mal seria poder decidir por sua conta e risco, com independência , o que é bom e o que é mal, ou seja, possuir plena autonomia no âmbito moral. Tal expressão indica os pontos extremos do conhecimento total, isto é, onisciência e poder, tornar-se um ser divino.
        A árvore do conhecimento do bem e do mal ensina que o homem não pode fazer, arbitrariamente, o que bem entender, nem pode estabelecer as normas do bem e do mal.
        Popularmente, tal árvore seria representada pela macieira (entendimento dos latinos) e a maçã simbolizaria o ato sexual. Já as tradições judaicas, pensavam na videira, na oliveira ou em uma espiga gigantesca, ao passo que os gregos pensavam ser a figueira. Mas, a Bíblia não determina qual seria a espécie desta árvore.

LOCALIZAÇÃO DO JARDIM

         De acordo com Calvino, a teoria mais aceita, acerca da localização do jardim, sustenta que o jardim ficava em um lugar ao sul da Mesopotâmia e que Pisom e Giom eram canais que ligavam o Tigre e o Eufrates,  que se reuniam aos mesmos, ou que Pisom era massa de água do golfo Persa e do Mar Vermelho, incluído aí a península árabe. Esta teoria supõe que os quatro braços apresentados em Gn 2:10  são  tributários   que   se    reúnem numa só corrente e deságuam no Golfo Pérsico. Porém, outras teorias defendem que esses “braços” seriam ramos que se espalhariam partindo de uma fonte comum e original, buscando localizar o jardim na região da Armênia, onde os Rios Tigre e Eufrates têm nascente.  Já os Rios Pisom e Giom  seriam identificados por vários rios menores da Armênia e da Trans-caucásia.
        Assim, pela expressão “banda do oriente” estima-se que o jardim poderia estar localizado na porção oriental do Éden. Ressaltando-se que o dilúvio universal pode ter alterado características geográficas que auxiliariam a identificação do local exato em que se encontraria o Éden.
 Alguns eruditos ainda sustentam que a localização geográfica do jardim do Éden, seria próximo ao Pólo Norte, mas tal teoria é descartada , em razão do jardim apresentar uma grande quantidade de flora.

CONCLUSÃO

        A Bíblia declara que Deus plantou um jardim e colocou o homem para guardar este paraíso, mas não há qualquer  evidência arqueológica deste lugar. Não há qualquer indicação que Adão ou Eva tenham construído edificações ou feito objetos de barro ou cerâmica (apesar dos rios Tigre e Eufrates existirem até hoje).  Provavelmente, tais evidências foram destruídas por Deus no Dilúvio (Gn 6:9). Mas, o fato é que ao desobedecerem a ordem de Deus e comerem o fruto, Adão e Eva demonstraram que queriam transferir  de Deus para si mesmos o controle de suas vidas. Enquanto reconheceram Deus como Criador e Senhor, puderam desfrutar a vida como o Senhor pretendia e foram realmente a “coroa da criação divina”. Porém, Satanás, em forma de serpente, levou-os a pensar que a vida seria melhor se fossem iguais a Deus. Agora, insatisfeitos, com sua situação, queriam ser como Deus, desejavam ser senhores únicos da criação. Desobedecendo a Deus, Adão e Eva, começaram um longo processo de redenção mediante um Salvador, a fim de recuperar a condição perdida.
        Hoje cada indivíduo é um jardineiro. Todas as pessoas têm algo importante para cuidar e amar. Há muito serviço a ser realizado. Cada um tem o dever de cultivar  a tarefa que Deus lhe deu. O homem deve ser como um semeador que sai para cumprir sua tarefa, cheio de entusiasmo, pois Deus está sempre perto para ajudá-lo e inspirá-lo.
        Como escreveu Adam Clarke: “ Mesmo estando no estado de inocência, não podemos  conceber que o homem poderia sentir-se feliz, se ficasse inativo. Deus lhe deu um trabalho para fazer, e sua atividade contribui para sua felicidade.”

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

TEOLOGIA X CIÊNCIA

          
         O discurso teológico do cristão não pode ser medido somente por argumentações e proposições racionais, visto o mesmo  estar vinculado a fé. Ou seja,  a Teologia deve ser um diálogo com as ciências ou com as comunidades científicas em geral.  E a fé vivida deve ser espiritual e ao mesmo tempo racional, pois os teólogos e as pessoas em geral não podem  compactuar com determinadas formas de vida cristã,  que reduzam a fé aos interesses de determinadas instituições , as quais desejam regulamentar a vida de seus fiéis e também não podem  transformar a fé em uma busca pessoal de satisfação de seus  desejos .
Assim, partindo do princípio de que ciência e Teologia se completam , creio que o Teólogo deve procurar estar familiarizado com fatos científicos e o cientista, na condição de ser humano, deve estar familiarizado com a fé. Os cientistas precisam de uma crença e os teólogos necessitam da ciência, para evitar que sua fé se transforme em uma ideologia cega.
O teólogo Karl Barth definiu Teologia como um “falar a partir de Deus.”  Desta forma, partindo deste conceito creio que os teólogos devem trazer novamente a Teologia para as Igrejas, para as salas de aula e para a sociedade em geral, procurando organizar os ensinos da Palavra de Deus de uma forma clara e compreensível.

ASPECTOS DA TEOLOGIA NOS EVANGELHOS SINÓTICOS


Na tradição hebraica não se afirmava que uma pessoa, individualmente, poderia ser filha de Deus. Porém, a pregação de Jesus traz Deus como pai dos que crêem na Evangelho.
Segundo o Teólogo Joachim Jeremias, o Pai, ou seja, Deus é o Senhor e  o criador. É quem dá vida e morte e  exige obediência incondicional.
Ele apresenta a reverência e o temor como  base do relacionamento com Deus e  defende que Deus é o juiz que todos devem temer, pois o temor a Ele como Senhor irrestrito é parte essencial do Evangelho, mas não centro do mesmo, visto que o centro seria a paternidade de Deus para com os discípulos de Jesus.
Segundo a antiga tradição Jesus aplicou a designação de Deus como pai somente aos discípulos e não aos que estavam de fora do grupo. Porque para Jesus a filiação para com Deus é um dom salvífico escatológico, uma vez que só quem pertence ao Reino de Deus pode chamá-lo de “Abba”. Desta forma, a filiação dos discípulos é um dom antecipado da consumação e dá a eles a certeza da participar da salvação futura. Jesus acreditava e defendia que nada poderia acontecer sem a presença de Deus. Porque Deus é o criador e sustentador do mundo e se revelou aos seres humanos através de seu Filho Jesus Cristo.  Jesus afirmou que Deus é Espírito ,  não tem corpo ou forma física, por isso se tornou visível em forma humana na pessoa de Cristo. Seu poder é ilimitado, podendo fazer qualquer coisa. Assim para Deus nada é impossível!  Deus possui todo conhecimento e conhece tudo e todos. É onipresente  e ouso dizer que os tempos são todos conhecidos por Ele.  Deus é amor e seu amor pela humanidade busca despertar em todas as pessoas amor pelo próximo. Deus nos amou, deu, buscou e sofreu em Jesus Cristo para nossa justificação.
           
            ASPECTOS DA TEOLOGIA DOS ESCRITOS JOANINOS
            Para João, Deus é Pai e para enfatizar tal afirmação ele utiliza 137 vezes a palavra “Pai” em seu Evangelho.
 João é o evangelista que  faz a ligação entre PAI e FILHO , quando diz que o logos estava no princípio com Deus e era Deus. Assim, Jesus por causa desse relacionamento íntimo e único pôde se revelar como o fez. Jesus veio de Deus e somente ele viu a Deus.
Os ensinos de João defendem que o Pai e o Filho são um, por isso conhecer o Filho significa conhecer o Pai. Os dois são, portanto, uma unidade, por isso o Pai honrará aquele que serve a Jesus.
 João 14:31 é o único lugar no Novo Testamento que menciona o amor do Filho pelo pai de forma explícita e é desta forma que devemos amar a Deus e seu a Filho, Jesus Cristo. Assim, quando aceitamos Jesus Cristo como Senhor e Salvador somos guiados pelo Espírito de Deus e por isso devemos reproduzir  o caráter amoroso e justo de Deus.
             A RESSURREIÇÃO E EXALTAÇÃO DO FILHO
            ASPECTOS DA CRISTOLOGIA PAULINA
             Jesus era Deus e não considerou indigno tornar-se humano, esvaziou-se de si mesmo, assumindo condição de escravo e em razão de toda a humilhação sofrida e da obediência a Deus, o Filho foi exaltado pelo Pai. Jesus existia  e mesmo tendo a própria natureza de Deus esvaziou-se sem deixar sua divindade,  mas deixando de lado sua glória e todos os seus privilégios celestiais. Viveu em humildade, obediência , humilhando-se a ponto de morrer por todos os pecadores na cruz. Depois da morte na cruz , Jesus foi exaltado na ressurreição e ascensão.
            A ressurreição de Jesus é uma ação libertadora e a partir dela os cristãos aprofundam a verdade ( a vida de Jesus é a verdadeira vida), a exaltação (manifestação da verdade na vida de Jesus) e a esperança ( possibilidade de salvação através de Jesus).
            A fé dos cristãos se caracteriza pela esperança da ressurreição, que é a ressurreição do encarnado, vivo e crucificado. Deus declara justo a pessoa por sua fé em Jesus Cristo, assim como declarou  Abraão justo pela fé e não por obras ou rituais.
 Os sofrimentos de Jesus são divinos  e nos mostra que nele Deus está com todos, Deus é por todos e tudo procede de Deus.
            A ressurreição e exaltação de Cristo inauguram a era missionária da Igreja, onde os cristãos dão testemunho de Cristo, anunciam sua morte, sua ressurreição, esperando sua volta e a consumação do reino de Deus.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

BENIGNIDADE E SOBERANIA DE DEUS


São muitas as atividades ministeriais que compõe a missão do povo de Deus, assim são necessários critérios teológicos, a fim de definir as prioridades, bem como estabelecer as hierarquias nos ministérios de missões.
Dois critérios teológicos  podem ajudar a organizar a atividade missionárias na Igreja, quais são eles:
1.      Benignidade de Javé e a libertação humana
2.      A soberania de Javé e a Utopia da liberdade
Quanto ao primeiro, cabe ressaltar que o Êxodo representa a luta de um povo oprimido por sua libertação. É um evento libertador de escravos e de  pessoas oprimidas por um sistema político injusto.
Aqui redescobre-se a dignidade humana no relato de libertação dos hebreus escravizados no Egito e como eles se tornaram o  povo de Deus.
Vemos a ação salvífica de Deus ao libertar seu povo. Sendo isto é uma das confissões mais importantes de Israel.
A tradição do êxodo tornou-se, então,  a confissão do povo de Israel, sendo vista não só como libertação, mas principalmente como a salvação de Deus concedida a seu povo.
Desta forma, o  milagre de Javé  realiza-se a favor dos fracos e contra os poderosos. Este milagre é também para autenticar  uma mensagem divina e se realiza sempre para um fim benéfico em relação a obra de Cristo. Assim, o milagre é celebrado com hinos de louvor, estimula a fé e a gratidão.
A palavra HEBREU indica um grupo social e  é o nome que designa os filhos de Israel em meio as nações vizinhas.
No livro de Êxodo, Javé é chamado “Deus dos Hebreus”, ou seja, Deus dos oprimidos.
Javé é universal na história , em razão de optar por algumas dentre todas as pessoas que criou, como vemos Ele optou pelos pecadores. Deus é Senhor da Terra ao prometer  libertação aos Hebreus, a fim de que os mesmos possuíssem terras para viver a liberdade concedida, produzir alimentos e reproduzir a vida.
Javé permanece como Senhor dos Hebreus  concedendo liberdade, mas exigindo fé. Ele é um deus pessoal, um Deus paciente, que sempre age em prol dos aflitos.
O reino de Deus tem a ver com Sua ação na história e na vida dos povos.  Através do povo escolhido, Javé irá difundir Seu governo a todos os povos  de todo o Cosmos, pois é o único que garante a permanência da vida.
A soberania de Javé é universal e em seu reinado haverá: um perfeito relacionamento entre as pessoas e Deus , as orações antes de proferidas serão ouvidas, ausência de conflitos sociais, muito louvor, ausência de tristezas e morte, apoio aos necessitados e um perfeito relacionamento do homem com a natureza. Este é um reinado utópico, por isso é apresentado como tarefa missionária.
Diante do exposto, vê-se que o Antigo Testamento oferece pistas para se construir os critérios do discernimento missionário, que são: a benignidade e a soberania de Javé.

ECOLOGIA

            
                        A fim de que o ser humano tenha uma boa relação com a criação (mundo) é necessário primeiramente respeito e total dependência de Deus.  A Bíblia diz que a criação se alegra e canta louvores ao seu Criador:
                        Salmo 65: 9-13 – “ Tu visitas a terra e regas ; tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; preparas o cereal, porque para isso a dispões, regando-lhes os sulcos, aplanando-lhes as leivas. Tu  a amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção. Coroas o ano de tua bondade; as tuas pegadas destilam fartura, destilam sobre as pastagens do deserto, e de júbilo se revestem os outeiros. Os campos cobrem-se de rebanhos , e os vales vestem-se de espigas; exultam de alegria e cantam “.
                       Desta forma, toda a criação inclusive, o ser humano, encontra o seu propósito de existência em dar glórias a Deus. Pois, o mundo foi criado por Ele,  não somente para que o ser humano possa viver e usufruir, mas principalmente porque Deus se alegra neste mundo e cuida de todas as criaturas.

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


O Estudo da Bíblia não somente é para profissionais da Teologia , mas para todos os cristãos interessados em  estabelecer um relacionamento pessoal com o Criador. Relacionamento este que nunca decepciona, mas que dá vida!
            Para isto, faz-se necessário uma boa interpretação bíblica, isto é, evitar ir além do que o texto diz e  não buscar significados ocultos nas palavras.
            É preciso descobrir o verdadeiro significado de uma passagem, para se descobrir o que o autor desejou transmitir.
           Através das muitas leituras e intensos estudos,   aprendi que para uma interpretação fiel da Bíblia faz-se mister  primeiramente,  identificar o destinatário , no caso de uma carta,  ou o público alvo , no caso de um livro.
            Após identificar o autor da carta ou do livro é preciso, ainda, buscar sua motivação ao escrever, a fim de se entender o que o mesmo desejava transmitir. Vê-se desta forma, que para uma melhor compreensão do texto, é importante identificar o conteúdo deste, isto é , seu tema.
            Afinal, como  escreveu Israel Belo de Azevedo em seu livro Apogética Cristã: “ A história da Bíblia é a ação de Deus na história”. E para interpretar a história é necessário muita dedicação, estudo e oração.