sábado, 19 de fevereiro de 2011

AMOR, PAIXÃO E CASAMENTO

          
           O homem e a mulher foram criados  como “imagem de Deus”, para representar o Senhor  sobre a terra  e dominar as coisas em nome Dele, como estabelece o livro de Gênesis no capítulo 1, versículos 26-28: “ Também disse Deus : Façamos o homem à nossa Imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar , sobre as aves do céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois , o homem à sua imagem , a imagem de Deus o criou;homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse : Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a ; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”

A vontade do Senhor era abençoar e relacionar com sua criação. Mas, o homem e a mulher ao desobedecerem a Deus  e “morreram”, acarretando, então, sofrimento, tristeza e morte física. Eles se separaram de Deus e também um do outro. Agora os homens  encontram-se predispostos a pecar.


Para Deus o  amor é para durar a vida inteira, afinal ele cresce através do conhecimento mútuo. Se as diferenças individuais forem respeitadas  é mais fácil fluir o amor e a amizade. Não se deve apenas procurar a pessoa certa, mas acima de tudo ser a pessoa certa. Deus criou o homem e a mulher para serem companheiros, assim o diálogo deve ser valorizado. Deus é capaz de reaquecer o amor , Ele sendo o verdadeiro amor, pode restaurar o romantismo , além de conformar e preencher com Sua graça. Deus nos amou primeiro, Seu amor é incondicional, o do ser humano normalmente é cheio de condições, devemos aprender com o Pai.

Escolher amar é também uma decisão racional, é uma escolha. O amor deixa de ser paixão, quando a pessoa deixa de só querer ser ajudada e decide ajudar o outro. As tribulações devem servir para aprofundar o relacionamento. O verdadeiro amor deve ignorar as rugas , os cabelos grisalhos e ver no companheiro aquele que esteve um dia a seu lado no altar.

          Deus proveu o casamento não só  na tentativa de se evitar as relações sexuais ilícitas, como nos mostra a Palavra do Senhor, no capítulo 18 de Levítico , onde  o homem não poderia casar com sua mãe, madrasta, irmã ou meia-irmã, esposa do tio, nora, neta, cunhada, tia de sangue, enteada (regras para que o povo não se casasse de modo incestuoso).   Deus está visando a felicidade do ser humano, pois dentro do matrimônio cada cônjuge seria um do outro e  o principal objetivo  seria o companheirismo entre eles.

O casamento  visa trazer dois seres humanos à unificação mais estreita possível, ou seja, os dois se tornarão uma só carne , é o ideal divino . No Velho Testamento a primeira escolha de cônjuges foi entre Isaque e Rebeca: “ Saíra  Isaque a meditar no campo , ao cair da tarde ;erguendo os olhos , viu, e eis que    vinham camelos. Também Rebeca levantou os olhos e, vendo a Isaque apeou do camelo, e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro?     É meu      senhor, respondeu. Então tomou ela o véu e se cobriu. O servo contou a Isaque todas as cousas que havia feito. Isaque conduziu-a até a tenda de Sara, mãe dele, e tomou Rebeca, e esta lhe foi por mulher” ( Gênesis  24:63-64).
George E. Sweazey escreveu:   O casamento não é resultado do amor, é a oportunidade de amar. As pessoas se casam para descobrir o que é o amor. Não é o destino que torna a pessoa o nosso amor verdadeiro e único, mas a vida. São as dificuldades enfrentadas juntos, o inclinar-se diante de uma cama de doente e lutar para chegar ao fim do mês dentro do orçamento; é um milhão de beijos de boa-noite e sorrisos de bom-dia; são os dias de férias na praia e as conversas no escuro; é o respeito crescente  e  mútuo que nasce da afeição e do amo”(grifo nosso).

            Se Deus não edificar o casamento os esforços humanos serão inúteis. Mas, mesmo segundo a vontade Deus e dentro dos limites estabelecidos por Ele, as esposas são imperfeitas e os esposos são imperfeitos. O único homem perfeito na terra, Jesus Cristo , não tinha o casamento como Sua missão. Por isso “o casamento perfeito” não passa de um mito. O casal deve elaborar estratégias para  atender as necessidades um do outro.

 O apóstolo Paulo recomendou: “ Não tenha cada um em vista  o que é propriamente seu, senão também o que é dos outros” (Fl 2:3). Isto significa que  a pessoa deve atentar para as necessidades de seu cônjuge  e procurar satisfazê-las , não se ocupando apenas com suas próprias necessidades.  Um bom casamento é uma aliança entre Deus , a esposa e o marido. A ausência do Senhor é a explicação para vários casamentos destruídos. Muitos casais através da indiferença, desinteresse, incredulidade , negam  Cristo em sua vida conjugal , não permitindo o atuar do Deus Altíssimo em suas vidas. Estão preocupados com as coisas deste mundo , esquecem da possibilidade contínua de mudança e que a vida é sempre imprevisível. No casamento feliz há vontade de mudar  e de expandir a percepção de nossas necessidades e sentimentos.  Os cônjuges aprendem também a ajustar-se e a ceder, abrindo mão de alguns direitos. “Quase todo o mundo conhece a tríplice axioma básico; não se pode mudar a nenhuma outra pessoa por ação direta ; só podemos mudar a nós mesmos. Mas,  ao mudarmos , os outros tendem a mudar em relação a nós. Se você deseja um matrimônio melhor , é mister abandonar , de uma vez por todas, , qualquer esperança de mudar seu cônjuge  por ação direta”.

O casamento ensina lealdade , sentido de família, autocontrole e tolerância. Para a mulher é uma demonstração pública de que ela é “especial” para o homem que desposou.

                                   CONCLUSÃO

A paixão é um sentimento  intenso, mas pode ser efêmero, já o amor de Deus é eterno e dura para sempre.  Devemos amar a pessoa que o Senhor nos concedeu como Cristo ama sua Igreja , pois apesar do que somos, este amor é incondicional e afasta todo o  medo.Mas, o casal deve ter os “pés no chão” e não ficar com expectativas irreais e deve procurar agir sempre  com honestidade, educação e sensibilidade, sem ferir o sentimentos do outro. Deve-se ter um tempo para rir, conversar e passear, uma verdadeira amizade no casamento.
Mas acima de tudo, deve-se amar o companheiro mais do que ontem e menos do que amanhã.


Um comentário:

  1. Amor, amor, amor. É isso aí Silvia. Para sermos felizes ele precisa estar presente e para cultivá-lo devemos lembrar das palavras do Mestre: Não fazer ao outro o que você não gostaria que fizessem a você. Beijão,

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